Da Rosa
F.G.Lorca
A rosa
não procurava a aurora:
quase eterna em seu ramo,
procurava outra coisa.
A rosa
não buscava nem ciência nem sombra:
confins de carne e sonho,
buscava outra coisa.
A rosa
não procurava a rosa.
Imóvel lá no céu
procurava outra coisa.
"Para que serve um poema? Talvez para insistir que há sempre restos, equívocos, lapsos, fraturas na sintonia do homem com o real."
"Discurso da desordem consequente, a poesia não precisa lamuriar-se diante da ordem tecnológica e nela acusar o inimigo obstrutor de seu alcance. Excluída há mais de um século do grande circuito de consumo, ela pode, à margem, vigorar sem outro compromisso que não seja a afirmação de que nossa liberdade passa não apenas pelas palavras em que nos reconhecemos, mas, sobretudo, pelas palavras com as quais aprendemos a nos transformar."
quinta-feira, 1 de abril de 2010
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